24 de Dezembro de 2024
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Europa: Marcas de fast food não cumprem padrões de bem-estar de frangos de produção
2024-12-02

Muitas redes de fast food na Europa ainda não estão em linha com os padrões do European Chicken Commitment (ECC), que reúne diversas medidas para melhorar as condições de vida proporcionadas aos frangos de produção, é a conclusão do relatório “Pecking Order” de 2024.

A cada ano, o estudo avalia marcas de fast food e restaurantes de serviços alimentícios que se comprometeram com o ECC quanto ao progresso feito no tratamento do bem-estar dos frangos de produção ao longo da sua cadeia de abastecimento e na disponibilização pública de informações relevantes sobre o tema.

O relatório deste ano avaliou 75 empresas na República Checa, França, Alemanha, Itália, Polónia, Roménia e Espanha.

Os resultados mostraram que apenas 25% das empresas avaliadas forneceram evidências da implementação dos critérios ECC nas suas operações, enquanto mais de 85% não relataram implementar os padrões de bem-estar no que toca aos frangos de produção, com a transparência a manter-se como uma questão crítica.

Neste sentido, o relatório destacou que, enquanto a França e a Alemanha lideram na adoção dos critérios do ECC, países como República Checa, Espanha, Polónia, Itália e Roménia estão ainda muito atrás. As disparidades no progresso não só colocam em risco o bem-estar de bilhões de frangos, mas também expõem lacunas na responsabilização e transparência entre as corporações multinacionais, salienta o Eurogroup for Animals.

Os sistemas intensivos de criação de frangos de produção apresentam um excessivo número de animais no mesmo espaço, deixando os animais incapazes de expressar comportamentos naturais e forçando-os a viver em condições apertadas e muitas vezes sem higiene, explica o grupo de defesa dos direitos dos animais.

De acordo com o Eurogroup for Animals, quase 90% da produção destes frangos na União Europeia (UE) ocorre nestes sistemas intensivos, “é essencial e urgente que mais empresas se comprometam e acelerem a implementação dos padrões mínimos de bem-estar do ECC”.

O relatório é um projeto colaborativo entre a World Animal Protection, a Albert Schweitzer Foundation, a L214, a Essere Animali, a Humane Society International/Europe e a Obranci Zvirat.

Fonte: Vida Rural

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