O Dia Mundial de Combate à Seca e à Desertificação foi instituído pelas Nações Unidas em 1994 e celebrado pela primeira vez no ano seguinte, a 17 de junho. Trinta anos volvidos, nunca a sua evocação foi tão necessária e, ao mesmo tempo, tão desoladoramente simbólica. Estes fenómenos afetam diretamente cerca de 250 milhões de pessoas e mais de um terço da superfície terrestre.
As causas são conhecidas, repetidas e banalizadas, como o menu de um restaurante demasiado folheado: desflorestação, sobrepastoreio, mobilização excessiva dos solos, negligência dos seus ecossistemas microbiológicos, e claro, as alterações climáticas. E, por trás de tudo isto, a personagem principal: o ser humano. Aquele que tudo explora, que tudo exige, mas pouco devolve.
A seca, que outrora foi excecional, tornou-se num fenómeno estrutural. Deixou de surpreender para se tornar previsível. Atualmente, um quarto da população mundial vive sob escassez hídrica, com a qualidade da água em declínio, tanto para a irrigação como para uso doméstico. Cerca de 70% das áreas agrícolas em zonas áridas estão em risco de colapso. E quando os campos secam, secam também as aldeias. As pessoas partem. Para onde podem... como podem...
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Fonte: Público