Mais de 3600 substâncias químicas utilizadas em embalagens ou preparação de alimentos foram detetadas no corpo humano, algumas das quais perigosas para a saúde.
Cerca de 100 destes produtos químicos são considerados de elevada preocupação para a saúde humana. Alguns destes produtos já foram encontrados no corpo humano, como as substâncias perfluoroalquiladas (PFAS) e o bisfenol A, ambos alvo de proibições.
Num novo estudo, publicado esta terça-feira no Journal of Exposure Science & Environmental Epidemiology, os investigadores compararam 14.000 produtos químicos conhecidos por entrarem em contacto com os alimentos durante o processo de embalagem.
Também recorreram a bases de dados mundiais que monitorizam a exposição humana a potenciais toxinas químicas.
Segundo o ScienceAlert, entre as substâncias químicas preocupantes encontram-se os PFAS, que foram detetados em muitas partes do corpo humano nos últimos anos e estão associados a uma série de problemas de saúde.
Além disso, também foi detetado o bisfenol A, um químico desregulador de hormonas utilizado no fabrico de plásticos que já foi banido de diversos países. Outro produto químico que perturba as hormonas são os ftalatos, que têm sido associados à infertilidade.
Cerca de 79 produtos químicos utilizados na transformação de alimentos presentes no organismo causam cancro, mutações genéticas, problemas endócrinos e outros problemas de saúde.
“Estamos a medir não só os produtos químicos que se sabe serem utilizados no processo de fabrico de alimentos, mas também toda a sujidade — os subprodutos e as impurezas a que chamamos substâncias adicionadas não intencionalmente”, diz a autora principal do estudo, Jane Muncke.
No entanto, este estudo não comprova que todos estes produtos químicos foram necessariamente parar aos corpos através das embalagens de alimentos, uma vez que podem ter havido outras fontes de exposição. É necessário que as pessoas exijam melhores dados e minimizem a exposição desnecessária a produtos químicos que podem, em último caso, afetar a nossa saúde.
Fonte: ZAP