A taxa de materiais reciclados consumidos pela economia global diminuiu de 9,1% em 2018 para 7,2% em 2023, uma queda de 21% em cinco anos, tema que vai estar em debate no Innovators Forum ’24.
De acordo com o “Circularity Gap Report 2024”, a taxa de materiais reciclados consumidos pela economia global registou uma “queda de 21% em cinco anos”.
Paralelamente, no mesmo período, o consumo continua a acelerar: “No mesmo período, consumimos mais de 500 gigatoneladas. Isso representa 28% de todos os materiais que a humanidade consumiu desde 1900”, segundo o relatório.
O estudo adianta que a “economia circular atingiu o ‘status’ de megatendência”, tendo o volume de discussões, debates e artigos sobre o conceito quase triplicado nos últimos cinco anos.
Em Portugal, segundo dados do Eurostat, a taxa de circularidade era de cerca de 2% em 2022, posicionando o país em 24.º lugar entre os 27 Estados-membros da União Europeia, cuja média é de 11,7%, de acordo com um comunicado da Sonae sobre a nova edição do Innovators Forum ’24, que este ano é dedicado ao tema.
Os especialistas estimam que a economia circular possa ajudar a reduzir as emissões atmosféricas em 40%, gerar até dois milhões de empregos e criar um mercado avaliado entre dois e três mil milhões de dólares até 2026, lê-se no documento.
O Innovators Forum ’24, que decorre em 27 de novembro em Lisboa, vai contar com especialistas nacionais e internacionais para debater a circularidade, esperando-se mais de 400 participantes. A iniciativa terá transmissão ‘online’.
“Estamos a consumir recursos a um ritmo que o planeta não consegue suportar, sem dar tempo à natureza para se restaurar”, afirma João Günther Amaral, membro da Comissão Executiva da Sonae, citado em comunicado.
“Perante este cenário, não temos escolha: ou mudamos radicalmente a forma como utilizamos os recursos naturais ou não haverá futuro”, adverte.
Na segunda edição do Innovators Forum “vamos reunir especialistas para discutir soluções práticas e concretas para implementar a circularidade, porque só com uma mudança imediata e colaborativa entre empresas, Governo, academia e sociedade podemos contribuir para uma economia que respeite os limites do planeta”, remata.
Fonte: Green Savers & Lusa