2003-12-17
Cientistas Canadienses descobriram que pode ser desenvolvido um sistema de irradiação UV adequado a cada produto.
Cientistas do Canadá descobriram que pode ser desenvolvido um sistema de irradiação UV adequado a cada produto.
Estas descobertas, publicadas no “Journal of Science of Food and Agriculture”, sugerem que a irradiação UV pode ser um melhor e mais efectivo método para eliminação do risco de contaminação por E. coli do que a pasteurização.
A radiação UV inactiva a bactéria E. coli através da degradação das paredes celulares e do DNA. Esta radiação pode ser produzida por lâmpadas fluorescentes de alta intensidade, tornando este método extremamente eficiente.
Os investigadores concluíram que, ao contrário da pasteurização, a qualidade sensorial dos produtos submetidos à irradiação não é comprometida, e que a inactivação bacteriana é efectiva durante o período de validade do produto. A pasteurização pode afectar o sabor e a consistência dos alimentos.
Os cientistas esperam que este projecto represente uma importante ferramenta na luta contra as toxi-infecções alimentares. A presença da E. coli, em alimentos como a clara do ovo e sumo de maça, é uma das maiores preocupações relacionadas com a saúde pública.
“A irradiação UV é um modo relativamente barato e efectivo de inactivação de bactérias em alimentos,” disse Dr. Michael Ngadi, co-autor do estudo. “Somos capazes de projectar sistemas de processamento de alimentos líquidos de modo a satisfazer os requisitos regulamentares. O mais interessante é o facto dos produtos poderem ser processados a temperaturas baixas mantendo a qualidade dos produtos.”
Contudo, continuam a persistir algumas dúvidas sobre a segurança deste processo, principalmente sobre a potencial toxicidade das 2-ACBs (alquilciclobutanonas) originadas a partir da irradiação de alimentos contendo gorduras.
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