A ingestão de cafeína (5 mg / kg de peso corporal) e de 75g de glicose já tinha sido documentada como propiciadora de um ambiente de insensibilidade à insulina em indivíduos saudáveis ou obesos e em pessoas com Diabetes tipo 2.

Um grupo de investigadores canadianos resolveu investigar o efeito, quando se consome café e alimentos típicos de uma dieta ocidental, na glicose sanguínea, mediante um protocolo semelhante.

Para tal, dez homens saudáveis ingeriram café (5 mg cafeína/ kg) ou o mesmo volume de café descafeinado e, 1 h mais tarde, ingeriram cereais de alto ou baixo índice glicémico (IG), fornecendo assim 75 g de hidratos de carbono.

Como resultados, esta equipa de investigadores, verificou que o café em conjunto com cereais de alto IG resultou em áreas de 147% e 29% maiores sob a curva de glicose (P <0,001) e insulina, respectivamente, quando comparados os valores para a conjugação com café descafeinado.

Do mesmo modo, com os cereais de baixo IG, resultaram áreas de 216% e 44% maiores sob a curva de glicose (P <0,001) e da insulina (P <0,01), respectivamente.

A sensibilidade à insulina foi significativamente diminuída (40%) com a ingestão de cereais de elevado IG após consumo de café, em comparação com o consumo de café descafeinado.

Com o tratamento feito com cereais de IG baixo, a ingestão de cafeína resultou numa diminuição de 29% da sensibilidade à insulina, embora essa diferença não tenha sido significativa.

A conclusão a este estudo reflectiu-se na questão da ingestão de café, que quando acompanhado de cereais com um alto ou baixo IG afecta significativamente glicose sanguínea e a sensibilidade à insulina em comparação com a ingestão de café descafeinado.

Desta forma, serão necessárias mais investigações futuras para determinar de que forma o café se torna um factor de risco para a resistência à insulina.

Fonte:APN

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