Um novo tratamento testado por cientistas do Serviço de Investigação Agrícola (ARS), poderá ajudar o sector dos produtos hortícolas frescos recém cortados a aumentar a segurança alimentar dos seus produtos.
O tratamento antimicrobiano inclui a utilização de agentes submicroscópicos que não podem crescer ou reproduzir-se fora das células bacterianas hospedeiras.
Os agentes virais purificados são chamados bacteriófagos, um nome que significa "devorador de bactérias", e eles podem fazer estragos nas bactérias nocivas, tais como a E. coli O157: H7, que provocam doenças nos seres humanos.
Existe um interesse crescente em bacteriófagos desde o aparecimento de alguns organismos que são resistentes a antibióticos.
Os bacteriófagos, também conhecidos como "fagos", estão presentes no meio ambiente, e só atacam as bactérias; não têm qualquer efeito adverso sobre os seres humanos ou animais.
Durante a investigação foram testados um grupo de fagos (CCA-100) em amostras refrigeradas de melão fresco recém cortado.
Os tratamentos reduziram o número de agentes patogénicos, nas amostras de melão, para 100 vezes quando comparado com o número de agentes patogénicos nas amostras não tratadas.
Também foi testado o fago na alface refrigerada e recém cortada, os resultados indicam que o tratamento com bacteriófagos pode matar a E. coli 0157:H7 na superfície das folhas dos legumes com o mesmo nível de eficácia observada no melão recém cortado.
O fago para se reproduzir liga-se às paredes das bactérias, injectando o seu DNA viral nas células bacterianas hospedeiras, onde o DNA direcciona a produção de mais fagos.
Estes fagos recém formados rebentam as células bacterianas hospedeira e ao libertarem-se dessas células infectam outras células bacterianas.
Os testes mostraram que os tratamentos com bacteriófagos podem ser eficazes para matar a E. coli O157: H7 nos vegetais.
Fonte: ARS