É recomendado para a manutenção e perda de peso que se faça as refeições calmamente, comendo devagar, visto que, hipoteticamente, permite que ocorra a sensação de saciedade antes do consumo exagerado de alimentos.
Para além disso, alguns estudos mostraram que a ingestão rápida de alimentos se associa a um maior consumo energético.
Investigadores da Universidade de Rhode Island, EUA, realizaram um estudo com cerca de 30 mulheres saudáveis, dos 18 a 48 anos, de forma a comparar o impacto de fazer uma refeição lenta ou mais rapidamente no desenvolvimento da saciedade, medindo a sua influência no consumo energético diário.
Desta forma, numa primeira visita preencheram um questionário sobre hábitos alimentares, estado de saúde e problemas comportamentais de restrição alimentar e alterações de peso. Na segunda visita, consumiram o almoço de forma rápida e num outro dia consumiram o almoço lentamente.
Durante este período foram assim medidos os níveis de saciedade, fome e os intervalos antes e depois da refeição.
Foi verificado que os indivíduos que demoravam mais de 20 minutos a comer o almoço tinham uma ingestão menor de energia (579 Kcal vs 656 Kcal, p<0,05) consumindo menor quantidade de alimentos (399g vs 445g) do que quando consumiam os alimentos rapidamente.
Também foi verificado que os níveis de saciedade e consumo de água foram significativamente mais elevados durante a refeição lenta do que na refeição rápida, mostrado uma potencial associação entre o consumo de água e a maior duração da ingestão dos alimentos com o aumento da saciedade.
Este estudo sugere que comer os alimentos a um ritmo mais lento pode contribuir para uma menor ingestão energética em mulheres saudáveis, podendo desta forma promover a perda ou a manutenção do peso.
Fonte: APN