A irradiação de alimentos é um método físico de conservação que consiste em expor um produto a radiações ionizantes com os raios X, gamma ou electrões acelerados.

O mecanismo de acção de irradiação nos alimentos pode ser directo ou indirecto. O primeiro provoca ruptura e perda da estabilidade dos átomos e das moléculas dos compostos, entre eles o material genético, resultando daqui a destruição de grande parte dos microrganismos.

No método indirecto, são os produtos resultantes da ruptura das moléculas, os radicais livres, que afectam outras moléculas e as destroem. Por exemplo, os produtos radiolíticos gerados pela água que possuem um alto valor oxidante.

As últimas reacções sobre esta técnica foram bastante evidentes nos EUA, onde as autoridades sanitárias autorizaram os produtores de espinafres e alfaces a submete-los a radiação para eliminar microrganismos.

A irradiação é aplicada a frutas, verduras, carnes, pescado e alimentos pré-cozinhados com o objectivo de esterilizá-los, isto é, eliminar por completo possíveis microrganismos e prolongar a vida útil do alimento sem necessidade de frio.

A unidade de medida das radiações são os grays.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é possível aplicar doses até 10 KGy nos alimentos sem risco toxicológico, microbiológico ou nutricional para o consumidor.

No entanto, ainda constitui um método que gera polémica, tanto no âmbito científico como social. Apesar da palavra irradiação ser pouco familiar para os consumidores, o certo é que se trata de um método seguro e eficaz no que se refere à conservação dos alimentos referidos.

Com esta técnica são modificados os processos normais das células no alimentos e consegue-se inibir o crescimento de bactérias entre elas Salmonella ou Listeria. Para além disso é possível retardar o aparecimento de grelo em alimentos como a batata e a cebola, atrasar-se a decomposição da carne e evitar-se a maturação rápida das frutas e das verduras.

Para a indústria, a irradiação é um método seguro e eficaz que garante a conservação dos alimentos e evita a transmissão de doenças por via alimentar. No entanto, ainda não é um método muito utilizado devido à controvérsia que gera.

Fonte: Consumaseguridad

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