O papel das amostras de testemunho na restauração
As amostras de testemunho são pequenas porções de comida que se preparam na restauração que permitem realizar estudos epidemiológicos caso seja necessário.
O sector da restauração deve ter medidas importantes e eficazes de prevenção para evitar casos de contaminação. O tipo de serviço oferecido contemplado nos sistemas de HACCP exigem a presença de amostras de alimento para controlo, ou seja, pequenas representações dos pratos do dia que permite estudos epidemiológicos, se necessário. O artigo explica que o papel das amostras de testemunho e importância da temperatura como principal ponto crítico na restauração.
A restauração deve ter implementadas medidas ao abrigo Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP), que garantem um controlo rigoroso e segurança alimentar em todo o processo de produção.
O controlo de matérias-primas, higiene das instalações e análises microbiológicas , físico-químicas, estas medidas são uma prioridade nesta área. Uma das diretrizes que pode ser aplicada, mas neste caso não é preventiva, mas sim de controlo posterior, é a conservação de amostras de testemunho, que são representativas dos diferentes pratos preparados diariamente nos estabelecimentos. Servem para identificar a fonte de intoxicação alimentar num possível caso de ocorrência.
O papel das amostras de testemunho
Quando existe uma confirmação de intoxicação alimentar de um serviço de restauração, os órgãos competentes começam a coletar dados para identificar qual a sua origem. Na maioria dos casos, as instalações são inspeccionadas e analisado o estado dos alimentos.
Refira-se que a intoxicação alimentar pode resultar de várias causas, tais como não cumprimento de boas práticas de manipulação ou falta de salubridade ao armazenar alimentos.
As amostras de testemunho são identificadas, datadas e mantidas em condições de assepsia durante pelo menos dois dias à temperatura de refrigeração (recomendável 3-5 dias).
Amostras de testemunho permitem um estudo epidemiológico completo, portanto, saber a origem do surto e da etiologia e estabelecer as necessárias medidas corretivas e medidas de prevenção mais eficazes para prevenir novos surtos.
A temperatura, o principal ponto crítico
A restauração deve ter implementada um sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (HACCP), um sistema tenta antecipar o perigo antes que ele ocorra.
Estas medidas preventivas, que controlam todo o processo de desenvolvimento, produção, distribuição e empratamento, identificam quais são os pontos críticos de controlo (PCC). O principal ponto crítico é a temperatura.
Salienta-se que a temperaturas inferiores a -5 °C, o crescimento de diversos microrganismos pára e entre 65 °C a 70 °C começam a morrer, limitado-se o crescimento de agentes patogénicos.
É importante que para arrefecer os pratos cozinhados, devem passar de uma temperatura de cerca de 60 °C para aproxidamente 4 °C em menos de quatro horas. Além disso, no momento da confecção é importante assegurar que a temperatura atingida no interior da comida garante a eliminação de potenciais agentes patogénicos, sendo necessário a utilização de termómetros para garantir que se atinge a temperatura desejada.
No caso de matérias-primas, o sistema de HACCP afirma que devem ser mantidos a temperaturas que não conduzam a riscos de saúde e não pode ser quebrada a cadeia de frio.
Fonte: ConsumaSeguridad