As autoridades veterinárias da Hungria notificaram a 07.03.2025 um foco de febre aftosa numa exploração de 1418 bovinos leiteiros, na região de Kisbajcs perto da fronteira com Eslováquia. A febre aftosa é uma doença muito contagiosa provocada por um vírus que afeta os bovinos, ovinos, caprinos, suínos e outros animais bi-ungulados (javalis, cervídeos, muflões, antílopes, búfalos).
De acordo com os serviços veterinários da Hungria os sinais clínicos começaram a 03.03.2025 no grupo das novilhas. Os sinais de alerta incluiam febre em 80% dos animais, salivação, perda de apetite, vesículas e lesões na boca e nas patas (espaço interdigital e banda coronária). A mortalidade é baixa nos animais adultos, mas podem ocorrer mortes em leitões, vitelos e cabritos.
As medidas de emergência de acordo com o Regulamento Delegado nº 2020/687 foram imediatamente aplicadas. O despovoamento da exploração afetada está a decorrer e foram implementadas as zonas de proteção e vigilância em redor do foco.
Esta doença pode ter graves consequências económicas, pois origina grandes perdas na produção e surge como principal entrave ao comércio internacional dos animais e seus produtos.
Embora este vírus não seja considerado um risco para saúde humana, não existe tratamento para esta doença e a vacinação está proibida em toda a União Europeia. Apenas é permita a vacinação de emergência contra a febre aftosa em caso de surto de acordo com o Regulamento Delegado (UE) n.º 2023/361 da comissão de 28 de novembro de 2022 relativo à vacinação de certas doenças como a febre aftosa.
De acordo com a Comissão Europeia para o Controlo da Febre Aftosa (EUFMD) ocorrem anualmente em média, 250 milhões de casos de Febre Aftosa em todo o mundo e por conseguinte existe um risco diário de introdução de FA nos países membros da União Europeia.
Fonte: DGAV