Considerado um dos alimentos mais tradicionais e versáteis do mundo, o pão, nas suas várias apresentações, tem estado presente em quase todas as mesas por vários séculos. A produção de pão parece remontar ao Egito, há 8 000 a.C., feito inicialmente sem fermento e, a partir de 3000 a.C., com recurso a levedura e cozedura em forno.
Pela sua importância na alimentação, o dia 16 de outubro foi instituído oficialmente como o “Dia Mundial do Pão” pela União de Padeiros e Afins.
Define-se o termo “pão” como o “produto obtido da amassadura, fermentação e cozedura em condições adequadas das farinhas de trigo, centeio, triticale, milho, extremes ou em mistura, de acordo com os tipos legalmente estabelecidos, água potável e fermento ou levedura, sendo ainda possível a utilização de sal e de outros ingredientes, incluindo aditivos, bem como enzimas, nas condições legalmente fixadas”.
A composição nutricional do pão é variada, dependendo do tipo de farinha utilizada e dos ingredientes adicionados. O pão produzido a partir de farinhas menos refinadas apresenta maior concentração de fibra, vitaminas e minerais. Rico em hidratos de carbono, um macronutriente fornecedor de energia, o pão pode fazer parte de qualquer refeição ao longo do dia. A sua ingestão, no contexto de uma alimentação saudável, deverá depender das necessidades individuais e do tipo de pão escolhido.
A inclusão de ingredientes como frutos oleaginosos ou as suas farinhas (nozes, amêndoas, caju), sementes (chia, linhaça, papoila), especiarias (canela, curcuma) e hortofrutícolas (agrião, espinafre, beterraba, banana, passas) permite aumentar o conteúdo nutricional do pão (em alguns casos também o valor calórico), mas permitindo-lhe uma versatilidade única e sabores variados.
Alguns exemplos de pães típicos de Portugal são o pão de Mafra, pão de Rio Maior, pão alentejano, pão de alfarroba (Algarve), broa de Avintes (Avintes) ou bolo do caco (Madeira). Pelo mundo fora, a lista de opções é interminável.
Há também disponível nas pequenas e grandes superfícies comerciais o “pão de forma”, um tipo de pão embalado em fatias, que normalmente tem mais gordura, açúcar de adição e aditivos (corantes, conservantes). Nestes casos, analisar e comparar os rótulos é a opção para fazer a melhor escolha. O pão torrado (vulgo “torras”) é outra forma de consumo, que também é vendido embalado e os cuidados na escolha são os mesmos que para o pão de forma.
Recentemente, tem ganho destaque o pão feito com recurso a massa-mãe, um tipo de fermentação lenta, que melhora a digestibilidade do pão no caso da sensibilidade ao glúten.
Qual o melhor pão? A resposta não é automática.
Para a maioria das pessoas, é recomendado um pão que seja feito com a utilização de cereais integrais (ex.: centeio, aveia, trigo, misturas de farinhas) e pouco sal. No caso de pessoas intolerantes a alguma farinha (ex.: trigo, aveia), esta deverá ser excluída do pão e substituída por outra. No caso de doentes celíacos, o pão terá exclusão total de trigo, centeio, cevada e aveia e terá de ser elaborado em local separado do pão comum (“sem glúten”), com todas as regras e de acordo com a legislação em vigor para a produção desse tipo de pão. Está indicado na embalagem a denominação “sem glúten” ou o símbolo correspondente.
Fonte: Agroportal