29 de Outubro de 2025
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Explorar, provar, proteger - o poder das algas na alimentação sustentável
2025-10-29

À beira-mar, entre poças de maré e aromas iodados, cresce um ingrediente que promete transformar a forma como nos alimentamos e nos relacionamos com os ecossistemas costeiros: as algas. Entre os dias 10 e 12 de outubro, o memmo Baleeira, em Sagres, foi palco do Atlantic Wild Wisdom, um encontro único que celebrou a relação profunda entre o oceano e as pessoas, e durante o qual Joana Duarte, fundadora da Rota das Algas, e Roushanna Gray, do projeto sul-africano Veld and Sea, mostraram como este recurso natural pode inspirar experiências sensoriais e regenerar ecossistemas.

Em entrevista à Green Savers à margem deste evento, Joana e Roushanna revelam que o contacto direto com o mar é o ponto de partida para despertar a curiosidade e o respeito pelas algas. Desde passeios na maré baixa à identificação e colheita sustentável das espécies, os projetos combinam educação ambiental, ciência e gastronomia. As algas, ricas em minerais, proteínas e antioxidantes, ganham vida na cozinha — em caldos, marinadas, fermentados ou sobremesas — transformando a perceção do público ocidental que ainda as vê como algo exótico. Mais do que um alimento, tornam-se uma ponte entre ecossistema e prato, permitindo compreender o impacto da nossa alimentação no oceano.

Além do sabor, as algas desempenham um papel crucial na regeneração dos ecossistemas marinhos: absorvem carbono, filtram nutrientes em excesso e fornecem abrigo e alimento para diversas espécies. Os projetos de Joana e Roushanna demonstram que a colheita responsável e o cultivo sustentável podem ser aliados da biodiversidade costeira e da economia local. Ao integrar ciência, arte e gastronomia, estes programas incentivam hábitos conscientes e mostram que proteger o mar pode começar pelo que colocamos no nosso prato, transformando curiosidade em ação e respeito pela natureza.

Ambas fundaram projetos profundamente ligados ao mar e à educação ambiental. Que momento ou experiência pessoal despertou o vosso interesse pelas algas?

Joana: O meu interesse pelas algas nasceu da curiosidade e do fascínio por tudo o que o mar oferece. Sempre senti que o oceano guarda um património imenso, invisível para a maioria de nós. As algas, em particular, despertaram a minha curiosidade há cerca de 4 anos. O primeiro contacto mais profundo aconteceu quando comecei a estudá-las de forma prática — a provar, cozinhar e observar o seu comportamento em receitas. Percebi que não eram apenas um ingrediente: eram um sabor, ou conjunto de sabores, e um elo entre a natureza, a alimentação e o equilíbrio dos ecossistemas costeiros. Foi aí que nasceu a vontade de partilhar essa descoberta.

Roushanna: A minha relação com as algas começou ao longo da costa sul-africana, onde temos a sorte de ter dois grandes sistemas oceânicos, a corrente fria e rica em nutrientes de Benguela e a corrente mais quente de Agulhas, cada uma oferecendo uma variedade distinta de espécies. Temos cerca de 900 espécies de algas ao longo dos 3.000 quilómetros da nossa costa.

Como forager e educadora que já trabalhava com plantas terrestres, fiquei fascinada pelos ecossistemas intertidais, esses mundos de transição onde os organismos fotossintéticos prosperam entre o mar e o ar.

As algas são produtoras primárias: transformam a luz solar e a água do mar em compostos complexos que sustentam a vida. Quando comecei a explorar as poças das marés, percebi que, sob a superfície, não existia apenas uma despensa, mas um verdadeiro arquivo vivo de resiliência e adaptação.

Como descreveriam o vosso trabalho — a Rota das Algas em Portugal e o Veld and Sea na África do Sul — a quem nunca ouviu falar destes projetos?

Joana: A Rota das Algas é uma experiência sensorial e educativa que convida as pessoas a conhecer o litoral de uma forma diferente. Começa muitas vezes na maré baixa, com os pés na areia e as mãos na água, a identificar e recolher algas de forma sustentável. Aprendemos a identificá-las, mas também a conhecer um pouco da ecologia das zonas intertidais, a história das algas na alimentação e damos algumas noções de oceanografia e astronomia. Depois seguimos para a cozinha, onde as transformamos em sabores, texturas e histórias. O projeto combina gastronomia, ecologia e educação ambiental — e procura criar uma ponte entre quem vive do mar, quem o estuda e quem o saboreia. No final direcionamos a quem vem connosco a fazer escolhas conscientes a nível de algas disponíveis no mercado. Apelamos sempre a uma procura por algas produzidas/cultivadas de forma responsável e sustentável a nível ambiental e cujos métodos de produção respeitem as normas e regulamentações em vigor. É um projeto de literacia dos Oceanos focado nas Macroalgas e nas suas aplicações gastronómicas.

Roushanna: O Veld and Sea é um espaço multidisciplinar de aprendizagem ecológica que liga as pessoas à natureza através dos sistemas alimentares. Ensinamos literacia ecológica através da educação sensorial: provar, tocar, colher e cozinhar com ingredientes silvestres. As experiências combinam ciência ambiental com criatividade culinária, baseadas nos princípios da sazonalidade, biodiversidade e práticas regenerativas.

É um convite para compreender como funcionam os ecossistemas e vivenciar o nosso papel dentro deles através da comida e das histórias ecológicas que acompanham estes ingredientes selvagens.

As algas são frequentemente apontadas como um “superalimento” do futuro. Que tipo de nutrientes e benefícios oferecem e por que razão ainda são tão pouco consumidas em grande parte do mundo ocidental?

Joana: As algas são de facto um alimento extraordinário, com um perfil nutricional muito interessante: ricas em minerais, fibras, proteínas, antioxidantes e compostos bioativos únicos. No entanto, no mundo ocidental, ainda existe um certo distanciamento — talvez porque as associamos a algo “exótico” ou porque perdemos a ligação direta com o ambiente costeiro. Falta-nos literacia alimentar e sensorial para as integrar naturalmente no dia a dia, o que pode ser potenciado através de uma maior comunicação e partilha de conhecimentos entre as áreas da Ciência, Gastronomia, Indústria Alimentar e Sociedade em geral. No entanto deveremos sempre consumir as algas com moderação, uma vez que vários estudos de biodisponibilidade nutricional ainda decorrem e é necessário estar atento ao consumo de iodo através das algas.

Roushanna: As algas estão entre os organismos mais ricos em nutrientes do planeta. Contêm iodo, cálcio, magnésio, potássio, ferro e vários oligoelementos essenciais para o metabolismo e para a saúde da tiroide, por exemplo. Os seus polissacarídeos (alginatos, carragenina e ágar) funcionam como estabilizadores naturais, prebióticos e desintoxicantes.

Também concentram antioxidantes, ácidos gordos ómega-3 e proteínas com propriedades anti-inflamatórias.

Apesar disso, a familiaridade cultural é limitada no mundo ocidental, devido ao afastamento histórico dos sistemas alimentares costeiros. À medida que as sociedades se distanciaram da colheita intertidal, perdeu-se o conhecimento sobre as algas — e com ele uma antiga sabedoria sobre a nutrição marinha.

Consideram que existe uma falta de literacia alimentar e ecológica quando se fala de algas? Como é que os vossos projetos procuram colmatar essa lacuna?

Joana: Sim, há claramente uma falta de literacia alimentar e ecológica — e é precisamente aí que a Rota das Algas atua. O projeto pretende mostrar que as algas não são apenas alimento, mas parte de um ecossistema que sustenta a vida costeira. Ao envolver os participantes no processo — desde a identificação à cozinha — criamos uma aprendizagem viva, onde o conhecimento científico e o saber tradicional se encontram. Essa experiência direta transforma a forma como as pessoas olham para o mar. Mas também alerta para os riscos e inconvenientes desta recolha na Natureza, informando e direcionando quem vem connosco para escolhas mais conscientes no consumo de algas (estimular a procura por bons produtores de algas disponíveis no mercado).

Roushanna: Sim, sem dúvida. A literacia ecológica implica reconhecer como os ecossistemas sustentam a vida. Quando as pessoas veem as algas apenas como “restos” na praia – que é muitas vezes a sua primeira impressão, ao vê-las secas e arrastadas pela maré – não compreendem o seu papel na produção de oxigénio, na captura de carbono e nas cadeias alimentares marinhas.
Através de workshops experienciais, como o que realizámos com o memmo Baleeira, conseguimos criar uma ponte entre a experiência sensorial e o conhecimento ecológico. Os participantes aprendem sobre taxonomia, ciclos de vida e reprodução das algas, bem como as suas aplicações culinárias.
Quando o conhecimento é incorporado através da experiência direta – quando as pessoas colhem, processam e provam as espécies – a compreensão deixa de ser teórica e torna-se pessoal.

Numa altura em que a sobrepesca e as alterações climáticas ameaçam os ecossistemas marinhos, de que forma a colheita sustentável de algas pode contribuir para proteger a biodiversidade costeira?

Joana: A colheita sustentável é uma forma de nos reconectarmos com o ambiente sem o explorar. Quando feita com respeito — escolhendo espécies adequadas, quantidades controladas e zonas seguras — a apanha de algas pode ser também um exercício para estimular a necessidade de proteger estes ecossistemas tão frágeis. Sensibiliza para o valor ecológico das zonas entre-marés, muitas vezes esquecidas. Também o objetivo é reencaminhar quem vem à Rota das Algas para uma procura , à posteriori, de algas produzidas em aquacultura de forma sustentável. Acredito que o conhecimento e o contacto direto com o mar são os primeiros passos para o proteger: pessoas que conhecem o local tendem a protegê-lo. A educação experiencial é uma das ferramentas mais eficazes para transformar curiosidade em práticas responsáveis.

Roushanna: O envolvimento sustentável com as algas pode ter um papel essencial na proteção dos ecossistemas marinhos, mas é importante distinguir as escalas.

A colheita de pequena escala, educativa ou de subsistência pode promover a literacia oceânica e o sentido de cuidado, ajudando as pessoas a observar padrões ecológicos e a valorizar a biodiversidade.

No entanto, quando a colheita se torna comercial, a extração selvagem deixa de ser sustentável. Retirar grandes quantidades do habitat natural pode destabilizar as cadeias alimentares costeiras e reduzir as zonas de reprodução de peixes e invertebrados.

A solução passa por desenvolver uma economia azul baseada na aquacultura regenerativa. O cultivo de algas, quando feito com integridade ecológica, é uma das formas mais limpas e sustentáveis de aquacultura do planeta. Não requer água doce, fertilizantes nem solo arável, e absorve ativamente dióxido de carbono e nutrientes em excesso da água.

Geridas de forma adequada, as explorações de algas podem fornecer alimentos, rações e biomateriais, ao mesmo tempo que melhoram a qualidade da água e apoiam as comunidades locais.
Em suma: precisamos de passar da extração para a regeneração, de tirar do oceano para cultivar com ele.

O cultivo e a apanha de algas podem mesmo regenerar ecossistemas? Podem partilhar algum exemplo concreto de impacto positivo observado nas vossas regiões?

Joana: Sim, podem. As algas capturam carbono, produzem oxigénio e servem de abrigo e alimento para inúmeras espécies marinhas. Em algumas zonas onde realizamos as Rotas, nota-se que o simples facto de visitar, observar e monitorizar as espécies cria uma relação de cuidado. Já vi pescadores e mariscadores locais passarem a identificar melhor as algas e a reconhecer o seu valor — não apenas económico, mas ecológico. Pequenas mudanças de consciência geram grandes impactos.

Roushanna: Sim. O cultivo de algas pode atuar como uma forma de biorremediação. Estas macroalgas absorvem o excesso de azoto e dióxido de carbono, melhorando a qualidade da água e armazenando carbono nos seus tecidos.

Na África do Sul, projetos-piloto de aquacultura com espécies indígenas de Kelp e Ulva mostraram melhorias visíveis na clareza da água e na recuperação da biodiversidade em baías degradadas. Estas fazendas também criam meios de vida sustentáveis e reduzem a pressão sobre as populações selvagens.
É um modelo circular que ajuda a regenerar tanto os ecossistemas como as economias locais.

Em que medida as algas têm servido como inspiração para a criatividade culinária? Que tipos de pratos ou experiências gastronómicas destacariam como exemplos da sua versatilidade?

Joana: As algas abriram-me portas a um novo vocabulário culinário. São um ingrediente com uma linguagem própria: iodado, mineral, umami, mas também delicado e vegetal. Já as usei para criar caldos, marinadas, pães, sobremesas e fermentados. Uma das aplicações com que mais gosto de jogar é misturando lácteos com algas, tanto em manteigas como sobremesas. As propriedades gelificantes naturais das algas e o seu sabor, criam um perfil de aromas e sabores incríveis, e reportam-nos sempre a mar, nem nunca serem salgadas.

As algas abriram-me portas a um novo vocabulário culinário. São um ingrediente com uma linguagem própria: iodado, mineral, umami, mas também delicado e vegetal. Já as usei para criar caldos, marinadas, pães, sobremesas e fermentados, Joana

Roushanna: As algas oferecem uma ponte extraordinária entre a ciência e a gastronomia. Na cozinha, utilizamo-las para criar condimentos fermentados, caldos ricos em umami, saladas e sushi com algas frescas, e até sobremesas.

Cada espécie comestível tem o seu próprio perfil sensorial: sabor, textura, valor nutricional e época do ano. Ao incorporá-las em receitas familiares, transformamos a perceção: deixam de ser um ingrediente exótico e passam a fazer parte de uma culinária ecológica e quotidiana.

No contexto do Atlantic Wild Wisdom, que experiências gastronómicas ou oficinas  dinamizaram a e o que esperam que os participantes levem consigo?

Joana: No Atlantic Wild Wisdom, partilho oficinas e degustações que exploram as algas como alimento, mas também como mensagem. Através de experiências práticas — desde o reconhecimento das espécies à sua aplicação culinária — procuro despertar curiosidade e respeito pelo oceano. Espero que cada participante leve consigo um novo olhar sobre o que o mar nos dá e uma vontade de o proteger com gestos concretos, começando pelo prato.

Roushanna: Co-liderei workshops imersivos com a Joana, centrados na identificação, preservação e uso culinário das algas, uma combinação entre ciência ecológica e aprendizagem sensorial.
Os participantes exploraram as poças das marés, aprenderam sobre as espécies atlânticas locais, técnicas de colheita sustentável, transformaram as suas descobertas em conservas durante a sessão Food Lab, experimentaram usá-las em cocktails e mocktails no Drinks Lab e, claro, provaram-nas num almoço costeiro preparado pelo chef Tiago Sales.

Espero que tenham saído com uma consciência mais profunda sobre os sistemas oceânicos, um sentimento de responsabilidade em relação a eles e inspiração para continuar esta viagem de descoberta.

A aproximação ao oceano — pelo mergulho, pela apanha de algas ou pela cozinha — pode transformar a relação das pessoas com a alimentação e a natureza?

Joana: Sem dúvida. Quando mergulhamos, caminhamos na maré baixa ou cozinhamos com o que recolhemos, deixamos de ver a natureza como um recurso e passamos a vê-la como um organismo vivo, do qual fazemos parte. Essa experiência desperta empatia e gratidão. E é isso que transforma a alimentação — de um ato automático em algo consciente e interligado.

Roushanna: Sem dúvida. A experiência direta é uma das ferramentas mais poderosas de mudança de comportamento.

Quando as pessoas se envolvem com o oceano, física e emocionalmente, desenvolvem empatia pela sua complexidade.

Compreender a ciência e as histórias do oceano vai além da teoria quando se observa a luz do sol a dançar nas algas, um polvo a sair da sua toca ou peixes a usar as algas como alimento, abrigo e habitat.

Essa ligação transforma os nossos hábitos de consumo; desperta gratidão e respeito, porque a comida deixa de ser apenas um recurso e passa a ser uma relação.

Trabalham com chefs, cientistas, artistas, comunidades locais. Como é que o cruzamento destas áreas tem enriquecido o vosso trabalho e a forma como comunicam a importância das algas?

Joana: O diálogo entre áreas é fundamental. A ciência dá-nos conhecimento rigoroso, a arte oferece emoção e a gastronomia traduz tudo isso em sabor. Trabalhar com comunidades locais, pescadores e mariscadores acrescenta autenticidade e respeito por saberes antigos. Este cruzamento faz com que a mensagem da Rota das Algas seja mais completa — não é só sobre o que comemos, mas sobre como habitamos o território.

Roushanna: Trabalhar entre disciplinas cria um ecossistema de compreensão mais completo.
Os cientistas trazem rigor: taxonomia, dados e ecologia marinha. Os artistas traduzem essa ciência em linguagem visual e emocional. Os chefs transformam-na em sabor e textura. As comunidades dão-lhe contexto e cultura.

Juntas, estas perspetivas formam uma teia de conhecimento que reflete a interconexão do próprio oceano. Essa colaboração ajuda a comunicar o valor das algas não apenas como recurso, mas como elemento essencial para a saúde planetária.

O que vos inspira neste momento? Que tendências ou movimentos emergentes estão a surgir em torno da alimentação sustentável com algas?

JoanaInspira-me ver o crescente interesse por práticas regenerativas e pela redescoberta de ingredientes locais. Há um movimento global que procura reconectar a gastronomia à paisagem, e as algas estão no centro dessa transformação. Também me inspira o diálogo entre ciência e arte — formas diferentes de traduzir a linguagem do mar para quem vive longe dele.

Roushanna: Inspira-me a convergência entre a gastronomia regenerativa e a inovação em carbono azul.

Por todo o mundo, chefs estão a criar menus centrados na biodiversidade, enquanto cientistas exploram o papel das algas na captura de carbono, na proteção costeira e no desenvolvimento de novos materiais.

O surgimento de bioplásticos à base de kelp, fertilizantes naturais e fibras têxteis aponta para uma mudança empolgante, onde a biologia marinha se encontra com o design e as políticas públicas.

Se pudessem deixar uma mensagem para o público português, qual seria?

Prova a tua costa!
Quando experienciamos o oceano – quando o tocamos, cheiramos e saboreamos – começamos a compreendê-lo. E o que compreendemos, temos muito mais probabilidade de proteger.
As algas e os ecossistemas costeiros não são apenas os pulmões do planeta, são também a base das cadeias alimentares marinhas.
Ao escolhermos comer em harmonia com os ritmos do oceano, apoiar pequenos produtores e agricultores de algas, respeitar as estações e reduzir o desperdício, participamos na conservação através dos nossos pratos, através do poder das nossas escolhas alimentares.
Compreender leva ao cuidado, e o cuidado leva à proteção. Os nossos preciosos espaços azuis dependem dessa reconexão: se cuidarmos do oceano, o oceano cuidará de nós.

Fonte: Greensavers

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